Hoje (16/04/2013), a Microsoft anunciou que seu ambiente de “infraestrutura como serviço” no Windows Azure está disponível em modo produção. Esta “virada de chave” por parte do time liderado por Scott Gu (@scottgu) é de fundamental importância para a Microsoft. Neste post, tentarei justificar esta afirmação.
Contextualização
A computação em nuvem é de fato, um novo paradigma, pois ela disponibiliza um novo modelo para o gerenciamento dos recursos computacionais. Existem entretanto alguns cenários que precisam ser considerados pelas empresas que almejam aderir a este novo cenário e aqui, gostaria de destacar 3. Veja:
- A maioria das empresas já possuem seus ambientes configurados e funcionando com suas aplicações, legadas ou não. Bancos de dados, firewalls, servidores de aplicações, etc. Não é possível simplesmente esquecer todo este aparato tecnológico e simplesmente ir para a nuvem.
- Nem todas as aplicações estão prontas para a nuvem. Isso é um fato e para muitos cenários, o custo de adequação para este ambiente não vale a pena.
- As empresas possuem times capacitados para cuidar de suas infraestruturas. Estes times serão necessários por um longo tempo certamente, pois os cenários possuem especificidades.
Isso posto, fica fácil notar a fundamental importância que existe no fato dos fornecedores de ambientes de computação em nuvem oferecerem ambientes mais flexíveis, que permitam às empresas levarem seus ambientes completos e não apenas aplicações, para a nuvem.
Windows Azure e IaaS
A aposta inicial da Microsoft com o Windows Azure no mercado de computação em nuvem foi PaaS (Plataforma como Serviço). Muito embora eu sempre tenha acreditado (e continuo acreditando) muito no modelo de plataforma como serviço, alguns fatos como aqueles listados no tópico anterior, acabaram atravancando a inserção do ambiente da Microsoft no mercado.
Há cerca de um ano (mais precisamente em Junho de 2012), a Microsoft anunciou a inserção de uma nova vertical de serviços – infraestrutura como serviço (IaaS). Desde então, a Microsoft vem melhorando e enriquecendo este ambiente e hoje, a empresa anunciou a disponibilidade em ambiente de produção.
Além do anúncio de GA para IaaS, a Microsoft anunciou também novos recursos, como: novos templates de máquinas virtuais (com Sharepoint, TFS, SQL Server, etc.), novas opções de configurações de máquinas com memórias de 28 e 56 GB RAM, dentre outras.
Minhas impressões
Grandes concorrentes da Microsoft (como a AWS, por exemplo) já ofereciam este suporte a IaaS há algum tempo e como já mencionei anteriormente, como a Microsoft mantinha seu foco em outra vertente de computação em nuvem, acabou se atrasando para ser inserida no mercado.
Agora, com o anúncio da disponibilidade em produção de sua vertical de IaaS, a Microsoft e o Windows Azure entram definitivamente na briga (com amplas chances de sucesso, é importante que se diga) no mercado de computação em nuvem.
Quem ganha com isso? O mercado, que agora pode obter mais uma opção de serviços infraestrutura de qualidade e tudo indica que este fato, deve derrubar os preços. Sim, é a velha regra da concorrência.
É isso, vamos ver o que o futuro nos reserva em relação a tecnologia. O que podemos afirmar sem medo de errar é: um gigante entrou na definitivamente na briga pelo mercado de computação em nuvem.
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