Na tarde de hoje (04/12/2013), a Microsoft Brasil anunciou em um evento fechado em São Paulo, SP, que entrará oficialmente em operação no Brasil até o fim do primeiro semestre de 2014, um datacenter do Windows Azure (plataforma de computação em nuvem da empresa).
Se você não conhece o Windows Azure, recomendo efetuar a leitura da série de posts que realizei sobre o tema aqui mesmo no site, disponível através deste link.
Dada esta informação, a pergunta que talvez precise de resposta neste momento, é: o que isso significa? Quais os benefícios (se é que eles existem)? Neste texto, quero apresentar alguns aspectos relacionados à novidade para que você possa tirar suas conclusões. É claro que imprimirei a minha neste contexto.
Primeiro aspecto a ser considerado: Resposta ao mercado
A primeira grande impressão que tenho ao receber a notícia é que o anúncio (de datacenter no Brasil), é uma resposta da Microsoft aos muitos questionamentos do mercado brasileiro e latino americano quanto a intenção da multinacional em relação aos investimentos nesta área, principalmente no Brasil.
O fato de sua principal concorrente para computação em nuvem no Brasil (a Amazon Web Services) possuir infra-estrutura local, inegavelmente colocou a Microsoft em posição de “cheque” em relação a este aspecto e claro, o mercado aguardava uma resposta. A resposta veio e veio em alto nível. A infra-estrutura do Azure não será colocation ou algo do tipo. Um datacenter completo foi construído no Brasil, que replicará todo o padrão de qualidade imposto em todas as outras estruturas mundo a fora.
Isso mostra que a Microsoft aposta no mercado brasileiro e está atenta a ele.
Segundo aspecto a ser considerado: Melhorias nos serviços
É claro que, o que já funciona no Windows Azure, funciona e pronto. No Brasil tudo continuará funcionando, evidentemente. A principal diferença para o mercado brasileiro e sul-americano, reside na redução significativa da latência de rede, tanto no load dos dados quanto no post dos mesmos. Claro, no final, aplicações e ambientes ganham em performance.
Você pode encontrar uma boa leitura acerca do assunto (latência no Windows Azure), seguindo o link a seguir: http://www.windowsazure.com/en-us/develop/net/best-practices/performance/.
Terceiro aspecto a ser considerado: Atendimento a questões legais
É comum, ao falar sobre computação em nuvem (seja no ambiente corporativo ou em palestras para a comunidade), ouvir questionamentos acerca da localização geográfica dos dados de terceiros. Me lembro recentemente de, ao visitar um cliente da Conio Soluções em Tecnologia e falar sobre migração de seu ambiente para o Windows Azure, ouvir a seguinte pergunta: “Fabrício, possuímos uma legislação da ANS no Brasil que não permite que os dados de meu ERP (voltado para a área médica) sejam hospedados fora do Brasil. Como fazemos no caso do Azure?”.
Com o anúncio realizado hoje, esta questão automaticamente pode ser respondida. Basta que sua infra-estrutura de armazenamento de informações das aplicações, esteja hospedada no datacenter brasileiro do Windows Azure.
Último (não menos importante) aspecto a ser considerado: Valores
É claro que os valores a serem praticados no Brasil não deverão ser os mesmos em relação ao restante do mundo (a exemplo do que acontece com a AWS). A alta carga tributária no Brasil e os altos valores agregados a todo tipo de serviço (internet, energia, etc.), deverão inevitavelmente tornar os valores dos serviços oferecidos pelo Windows Azure mais caros aqui.
Como é possível observar, as vantagens são maiores que as desvantagens. Isso justifica a excitação por parte do mercado de tecnologia com o anúncio. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos!
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