Este é o sétimo artigo da série sobre Windows Azure. Você pode encontrar os demais artigos desta série seguindo este link. Se você está chegando agora, recomendo fortemente ler os textos anteriores pois encontram-se evolutivamente distribuídos.
Introdução
O mercado de TI (Tecnologia da Informação) experimentou um processo evolutivo importante desde o momento em que empresas de forma geral reconheceram seu valor.
Inicialmente visto como um gerador de despesas, aos poucos, o setor de TI nas empresas foi recebendo maior atenção por parte da diretores, presidentes e gerentes de empresas de todos os setores, graças a agilidade proporcionada nos processos internos e externos e por inércia, diminuição de gastos ou geração de novas receitas.
Quando este tipo de fenômeno ocorre, é natural que empresas invistam de forma pesada em infraestrutura visando obter ainda mais agilidade nos processos e, por consequência, vantagem competitiva. Como resultado deste movimento, é comum nos dias atuais encontrar empresas que possuem seus próprios datacenters e elas o fazem pelos mais diversos motivos. Alguns deles:
- Algumas empresas preferem manter seus dados em ambiente local. Seja por pré-conceito a outros modelos, ou ainda por necessidades impostas por regras internas. Neste caso, manter a(s) base(s) de on-premisses é necessário.
- Os altos investimentos na área de TI da empresa não justificam a migração para a nuvem pública.
- Os sistemas foram escritos para funcionar no modelo on-premisses. O custo de migração de legados para a nuvem pública inviabilizariam sua adoção.
Em função destes e de muitos outros motivos, para alguns poucos cenários, o ambiente de nuvem pública pode ser inatingível em sua totalidade para alguns cenários. Para muitos destes ambientes, um modelo híbrido (entenda-se: mescla de on-premisses com cloud) é o mais aconselhável. Neste contexto, tornam-se especialmente importantes as tecnologias discutidas no artigo de hoje: Windows Azure Connect e Traffic Manager.
Windows Azure Connect (WAC)
Windows Azure Connect é o recurso disponibilizado pela plataforma Azure para configurar a nível de rede o tráfego de informações entre o Windows Azure e os recursos disponíveis no ambiente on-premisses.
Para que esta funcionalidade fique mais clara, considere um exemplo onde, em ambiente local de determinada empresa, existe um mecanismo de autenticação de usuários (por exemplo, Active Directory) implementado. No mesmo ambiente, determinada aplicação hospedada no Windows Azure consome recursos (digamos para realizar a autenticação) da infraestrutura on-premisses. Para realizar esta operação, o Windows Azure Connect poderia ser utilizado.
WAC mantém todo o transacionamento dos dados de forma segura. Para que isto ocorra, Windows Azure utiliza uma metodologia conhecida como “IPSec”. Você pode encontrar um bom texto descritivo acerca desta tecnologia, seguindo este link. A Figura 1 apresenta a ideia do WAC.
Figura 1. O modelo de comunicação disponibilizado pelo WAC
Windows Azure Traffic Manager (WATM)
Traffic Manager é um recurso disponível dentro do Windows Azure que permite balancear as cargas dentre os diversos serviços disponibilizados pela plataforma e utilizados pelas aplicações. A ideia é que seja possível gerenciar as cargas entre os serviços do Azure, mesmo que estes estejam sendo executados em diferentes datacenters ao redor do mundo.
Alguns benefícios obtidos pela implementação do WATM são:
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Incremento de performance: o gerenciamento de carga via WATM implica necessariamente em incremento de performance, uma vez que é possível direcionar requisições aos serviços para instâncias “mais próximas” a aplicação, reduzindo assim a latência naturalmente existente em qualquer rede de comunicação de dados.
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Alta disponibilidade: como WATM monitora os serviços aos quais a carga encontra-se disponível, há uma redistribuição automática da carga para os serviços disponíveis.
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Simplicidade na configuração das políticas: configurar as políticas de distribuição de carga com WATM é extremamente simples. Tudo é realizado via portal de adminitração do Windows Azure.
A Figura 1 apresenta o esquema geral de funcionamento do Windows Azure Traffic Manager.
Figura 2. Esquema geral de funcionamento do Traffic Manager
Uma breve explicação para esta imagem e que apresenta exatamente a atuação WATM:
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O usuário requisita alguma operação para a aplicação hospedada no Windows Azure.
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WATM entra em ação identificando a localização da origem da requisição.
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No exemplo, o WATM identificou que o datacenter mais próximo do request é algum na Europa e então, direciona a execução do mesmo para os mesmos.
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Caso estes não estejam disponíveis, o WATM se encarregará de auto distribuir a carga para os outros datacenters disponíveis.
Em artigo futuro nesta mesma série, veremos como configurar o Windows Azure Traffic Manager na prática.
Por hoje é só. Não se esqueça de deixar um comentário. É rápido e de fundamental importância para que possamos medir a qualidade dos textos. Um forte abraço!
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