O termo ROI (acrônimo para a sigla na língua inglesa “Return of Investment”) surgiu pela primeira vez na universidade americana de Harvard, por volta de 1920. Também conhecida como RoR (Rate of Return), esta metodologia tem como objetivo medir (como o próprio nome sugere) o retorno obtido como fruto de determinado(s) investimento(s).
Existem diferentes métodos para se medir tais resultados, sendo que estes, podem variar de acordo com diversos parâmetros: regra do negócio, valor do investimento, tempo esperado de retorno, etc. De uma forma ou de outra, o fato é que empresas se apoiam fortemente nos resultados obtidos com este tipo de análise para tomar decisões importantes.
O ROI é uma informação especialmente importante no ambiente de Tecnologia da Informação (TI). De forma geral, empresas investem grandes quantias financeiras na aquisição de computadores de alta performance, dispositivos para conectividade e de armazenamento com altas capacidades, contratação de profissionais especializados, etc. Evidentemente que, todo este esforço tem um objetivo: agilizar/automatizar determinados processos internos e através disso, reduzir custos e gerar novas receitas. Neste contexto, saber se os investimentos em tecnologia estão produzindo os frutos esperados é de fundamental importância.
Cloud no modelo PaaS, faz sentido?
Ainda imerso neste ambiente, segundo relatório da Alinean de 2009, cerca 60% dos esforços (investimentos) das empresas (foram ouvidas mais de 20 mil empresas de diversos setores) estão concentrandos em “manter as luzinhas de dispositovos acesas”. Evidentemente que esta é uma expressão bem humorada e que pode ser substituída por “manter a infraestrutura funcionando de forma adequada”. Esta mesma pesquisa indica ainda que, em função deste fato, apenas 18% dos investimentos são destinados a aquisição de produtos de TI inovadores, modernos e mais atuais, ou seja, há indícios de que de forma geral, empresas têem concentrado esforços na direção errada. O gráfico apresentado pela Figura 1 apresenta graficamente o cenário mencionado.
Figura 1. Relação operações, inovação e migração no ambiente on-premisses (Alinean 2009)
Neste contexto, uma oportunidade interessante para empresas que desejam modificar este cenário é a computação em nuvem, principalmente no modelo PaaS (Platform as a Service), já que este modelo remove muitas das dores apresentadas nas considerações anteriores.
Porque Windows Azure?
Windows Azure é uma plataforma de computação em nuvem que alia simplicidade, robustez e poder. Assim, desenvolvedores podem focar no processo de desenvolvimento, uma vez que os aspectos técnicos de infraestrutura são abstraídos pela plataforma (a Microsoft garante que as luzes sempre estarão acesas). Você pode encontrar um bom texto apresentando um overview da plataforma Azure seguindo este link.
Em relação ao modelo on-premisses, algumas vantagens proporcionadas pelo Windows Azure são:
- Ser mais eficiente e manter o foco na aplicação: conforme mencionado anteriormente, a grande maioria das empresas acaba dispendendo grandes quantias financeiras para manter sua infraestrutura. Aspectos como hardware, software, gerenciamento, link de internet, pessoal capacitado, etc., fazem com que as empresas tenham que olhar para diversos aspectos, perdendo assim o foco no que realmente importa: a aplicação. Windows Azure ajuda as empresas a resolver estes problemas das seguintes formas:
- Implantação, gerenciamento, provisionamento de servidores e armazenamento.
- Implementação automática de redundância e tolerância a falhas.
- Facilidade no gerenciamento dos recursos (o portal de gerenciamento do Windows Azure não requer conhecimentos de infraestrutura).
- Atualização automática dos recursos de software: sistema operacional, IIS, SQL, etc.
- Alta performance e alta disponibilidade: Windows Azure conta com 8 datacenters distribuídos estrategicamente ao redor do mundo. Isso faz com que problemas como latência, por exemplo, seja minimizado. Além disso, diversos outros recursos como CDN, Windows Azure Cache, HPC, etc., contribuem fortemente para o incremento de performance de aplicações. Além disso, a Microsoft garante um SLA de 99,95% (para no mínimo duas instâncias) de up time, fazendo com que o Windows Azure seja uma plataforma altamente disponível.
- Agilidade: como a gerência dos recursos disponíveis no Windows Azure é simplificada através do portal, os responsáveis por tal tarefa possuem condições de atender as demandas relacionadas a estrutura das aplicações de forma mais rápida e eficiente, inclusive a nível de código, utilizando a Service Management API (falaremos sobre isso no futuro na série de artigos sobre Windows Azure.
- Flexibilidade em relação à plataforma de desenvolvimento: Windows Azure é capaz de executar aplicações escritas em diferentes plataformas. Hoje, são nativamente suportadas: .NET, PHP, Java, Ruby, Node.js, Python, dentre outras.
Windows Azure versus On-premisses: o ROI
A medição do retorno de qualquer tipo de investimento é sempre muito complexa de ser realizada. Em geral isso ocorre porque existem diversos aspectos da regra de negócio que interferem diretamente no resultado final.
Falando especificamente sobre o universo de TI, existem diversos fatores que influenciam diretamente na obtenção de ROI real. Assim, para a escrita deste artigo, iremos calcular os valores de custos aproximados baseados em um cenário hipotético. Partiremos de um ambiente atendido inicialmente pelo Windows Azure e chegaremos a um ambiente equivalente no modelo on-premisses.
Uma observação importante aqui é: todos os valores propostos neste texto, são baseados na mesma pesquisa mencionada no início do artigo (isto é, Alinean 2009). Nesta pesquisa, mais de 20 mil empresas foram consultadas. Para calcular os montantes financeiros de software e hardware no ambiente on-premisses, os valores foram baseados em produtos da HP, Dell, Microsoft e Oracle.
O cenário hipotético proposto é apresentado abaixo:
- Aplicação web no formato de blog.
- Aplicação escrita em .NET com acesso a bancos de dados SQL Server.
- Média de 50 mil acessos mensais.
Para atender a esta demana, alocaremos os seguintes recursos no Windows Azure:
- Web Role: 1
- Instâncias pequenas associadas à Web Role: 4
- SQL Azure: Banco de dados de 1 GB
- Conta de armazenamento: 100 GB
Uma informação válida neste momento é: os dados das Tabelas 1, 2 e 3 são gerados pelo software medidor de ROI disponibilizado pela Alinean de acordo com as configurações de ambiente fornecidas no mesmo. Para o cálculo dos valores, o software considera os parâmetros mencionados anteriormente segundo pesquisa da mesma empresa em 2009.
Seguindo os parâmetros mencionados anteriormente e considerando os valores praticados pelo Windows Azure no modelo “pague pelo uso”, chegamos aos valores aproximados apresentados pela Tabela 1.
Tabela 1. Valores aproximados gerados para a plataforma Azure (para 1 ano)
Vale lembrar que os valores informados na Tabela 1, são estimativas. Eles podem variar como resultado de elementos não esperados, como por exemplo, se o número de acessos da aplicação em questão exceder o limite pré estabelecido.
Com base nestas informações, temos insumos suficientes para estabelecer uma relação de equivalência com o modelo on-premisses. Os valores aproximados, são apresentados na Tabela 2. Vale mencionar que, os mesmos critérios analisados/considerados na Tabela 1 também o foram na Tabela 2.
Tabela 2. Valores aproximados para o modelo on-premisses
Vale salientar uma vez mais que, todos os valores mencionados na Tabela 2 são baseados no relatório da Alinean de 2009, que considera valores de hardware e software das seguintes empresas: Dell, HP, Oracle e Microsoft. Pode haver alguma variação nos valores se produtos de fornecedores que não os mencionados anteriormente, forem utilizados.
Analisando a Tabela 2, alguns elementos saltam à vista. São eles: Bandwidth e Database computing, licensing and storage. Estes dois elementos somados, representam mais de 50% do valor total anual dos custos de infraestrutura. Note que, o valor desta soma, seria capaz de sustentar cerca de três anos de Windows Azure.
Com as informações que já possuímos em mãos, nos resta agora comparar os dois modelos e estabelecer uma relação em termos percentuais para dimensionar de forma mais específica, o quanto a plataforma Azure traz um ROI realmente interessante. A Tabela 3 apresenta as comparações entre os valores.
Tabela 3. Comparação de ambientes Azure x On-premisses
Como é possível observar ao analizarmos a Tabela 3, levando-se em consideração o período de 1 ano, o Windows Azure apresenta uma economia de 78% em relação ao modelo on-premisses. Novamente a observação é válida: estes valores são aproximações baseadas em um cenário hipotético. Entretanto é importante notar que, mesmo que existam variações de um modelo real para aquele apresentado aqui, o Windows Azure apresenta enorme vantagem (considerando o ROI) em relação ao modelo on-premisses.
Conclusões
Windows Azure disponibiliza uma plataforma de computação completa, que permite aos usuários obter aplicações com baixo tempo de resposta, altamente disponível e tolerante a falhas através de um baixo custo.
Se comparados aos custos de ambientes on-premisses, Windows Azure é a plataforma que apresenta o melhor ROI pois, com investimentos consideravelmente menores, é possível à qualquer empresa obter os mesmos resultados possivelmente gerados no ambiente on-premisses e ainda, ter todo suporte especializado do time de especialistas da Microsoft Corp.
Plataforma como serviço (PaaS) é uma excelente opção para empresas de forma geral, aliando alta disponibilidade, encapsulamento dos recursos de hardware, resiliência e gerenciamento simplificado de recursos.
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